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Sobre mim

Obtive o título no curso de Psicologia pela PUCPR no primeiro semestre de 2015. Desde minha graduação, acredito que seja necessário que os conceitos teóricos e as técnicas de uma abordagem ao sofrimento humano sejam sensíveis às mudanças da época. Mudanças que dizem respeito à cultura e suas instituições: família, a questão do sexo e sexualidade, mas também arte, religião, política, ciência e tecnologia. Entendo que isso é importante pois esse conjunto de coisas incide diretamente nas dinâmicas de reconhecimento social, ou seja de reconhecimento de si mesmo e dos outros, que encontramos na clínica.

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Encontrei na psicanálise uma orientação clínica que satisfaz esse critério, por permitir ler os sentidos do mal-estar na cultura e, ao mesmo tempo, ler como esse mal-estar se apresenta na clínica sob a forma dos sintomas nas particularidades de cada caso. Verifico isso em minha atuação, desde 2016 no serviço público na área da Saúde Mental, mas também na minha prática clínica em consultório particular, desde o início de 2019. Se a psicanálise satisfaz esse critério, é por essa razão que não há um título de psicanalista. O que há é uma orientação que se conquista por meio de uma formação permanente. Assim, continuo minha formação para além da graduação em Escolas de psicanálise reconhecidas, mas também no âmbito da pós-graduação universitária. Deste modo, obtive o título de especialista em Saúde Mental e Psicanálise, pela PUCPR em 2017. Em 2022, concluí o mestrado em Psicologia pela UFPR, na linha de pesquisa de Psicologia Clínica, Psicanálise. Clique aqui para visualizar meu currículo completo na plataforma Lattes.

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Acredito que é nesse encontro com a cultura que um ser falante tem que encontrar seu lugar. Em linhas gerais, é daí que resulta também seu sofrimento, no embate com certas normas sociais, com certos ideais, e que, por vezes, culminam na formação de sintomas. Aqui, minha escolha pela psicanálise encontra outra justificativa: ela oferece uma perspectiva ética e terapêutica bem diferente de outras práticas e discursos encontrados na cultura em geral. Ao invés de comprometer-se com uma ética pautada pela adaptação às normas e aos ideais, o psicanalista busca sustentar uma ética que é baseada num convite à suspensão das normas e ideais enquanto se fala, visando alcançar aquilo que há de mais verdadeiro em cada um de nós.